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14 de setembro de 2015

O pior cego é aquele que não quer vê

Na recepção do meu médico, folheando revistas enquanto aguardava meu atendimento, li uma matéria sobre um homem.
Um fotógrafo nascido em 1946, numa pequena cidade da Eslovênia. Ele usou uma câmera pela primeira vez, aos 16 anos, para tirar a foto de uma garota, pela qual ele era apaixonado. Sua irmã mais velha o auxiliava na criação de técnicas de captura de imagens, como o alto contraste - composição da luz em lugares totalmente escuros, o uso de feixes, de sinos e do toque.
Tornou-se filósofo e historiador. Mudou-se para Paris, onde se dedicou à fotografia, recebendo em 1998, o título de Fotográfo Oficial da Cidade Luz. Desde então, seu trabalho ganhou notoriedade e respeito no mundo inteiro. E daí? 
Seria apenas uma história de sucesso, de um fotográfo, que com seu talento, conseguiu ser reconhecido. Seria apenas mais uma história, mas esse fotógrafo nunca viu o próprio trabalho, Evgen Bavcar é completamente cego.

"Para mim, cego é único grupo capaz de olhar diretamente para o sol"

Após dois acidentes consecutivos, aos 12 anos de idade, Evgen Bavcar ("E-gen-oo-oo-Ba char") perdeu completamente a visão. Ele conta o que sentiu, quando fotografou pela primeira vez: "Senti um prazer enorme tendo roubado e fixado em um filme algo que não pertencia a mim, eu descobri, que poderia secretamente, possuir algo que eu não podia ver. Todos nós temos imagens dentro de si." Sobre o seu trabalho, ele diz: "Minha tarefa é a reunião do visível e do mundo invisível, a fotografia me permite  perverter o método estabelecido de percepção entre os que vêem e aqueles que não vêem."
Com ajuda de luzes portáteis, da descrição da cena por várias pessoas, criando a imagem na sua cabeça, ele concebe a foto sempre durante a noite. Para rever e esculpir seus trabalhos, ele costuma pedir a descrição da foto para crianças, que segundo ele, têm uma visão mais conceitual da imagem.
Quando um homem que não vê,  concebe imagens tão marcantes e cheias de sentimentos, através dos olhos alheios, e mesmo assim consegue capturar os próprios sentimentos, penso naqueles que  não conseguem reconhecer a beleza da vida, por mais dura e difícil, que ela pareça ser, e mesmo dotado de todos os sentidos, limita sua vida à lamentação. 





Não poderia deixar de citar o lindo poema de Mário Quintana, "Deficiências":


'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.

'Cego'é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

'Surdo'  é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

'Mudo'  é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

Paralítico' é quem não consegue andar na direcão daqueles que precisam de sua ajuda.

'Diabético'  é quem não consegue ser doce.

'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: A amizade é um amor que nunca morre.

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.


Imagens Evgen Bavcar




25 de abril de 2014

Rainhas do Drama

DramaHá algum tempo recebi um e-mail do "Diário dele e dela". É hilário, muito engraçado.  É a mais perfeita descrição de como nós, mulheres, somos capazes de sofrer baseadas apenas na nossa fértil imaginação. Para quem não conhece o e-mail, eis um resumo:
"O diário dela:
No Sábado à noite ele estava estranho. (...)Fomos a um restaurante e ele AINDA agindo de modo estranho. (...)Perguntei,e ele disse que não era eu. Mas não fiquei muito convencida. (...) Finalmente chegamos a casa e eu já estava pensando se ele me iria deixar! Por isso tentei fazê-lo falar, mas ele ligou a televisão, e sentou-se com um olhar distante que parecia estar me dizendo que estava tudo acabado entre nós. (...).Mais ou menos 10 minutos ele foi se deitar também e para minha surpresa, correspondeu aos meus avanços e fizemos amor. Mas ainda parecia muito distraído, e depois quis confronta-lo e falar sobre isso, mas comecei a chorar e chorei até adormecer. Já não sei o que fazer. Tenho quase a certeza que ele tem alguém e que a minha vida é um autêntico desastre.
O Diário dele:
Time de merda! Perdeu mais uma vez. Pelo menos dei umazinha."

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