Nos  anos 80 o sucesso do grupo Ultraja a Rigor, "Inútil", antecipava o comportamento dos jovens do século XXI.
Hoje, ao pedir para filha de 11 anos varrer o quintal, ela a fez um escarcel,  chorou como se eu tivesse lhe aplicado a maior das torturas e fui obrigada a ouvir a seguinte desculpa: "Minha professora falou que criança não tem que trabalhar, tem que só brincar! É contra a lei fazer as crianças trabalharem, sabia?!"
Eu nem discuti o comentário com ela, porque  o sangue me subiu à cabeça, fazendo aquela veia do pescoço saltar e a pestana tremer numa convulsão localizada!
Que mundo é esse???? Onde as crianças aprendem desde cedo a serem encostadas??? Os jovens de hoje parecem sofrer de alguma doença terminal!
Desde os 7 anos, minha mãe me fazia lavar louça, passar aspirador, limpar o carpete e mais uma porrada de coisas - confesso, eu me sentia a própria Cinderela, só que com a mãe malvada! - mas, eu tinha que fazer e fazer direito, com punição de começar tudo de novo!
 Conheço muita gente, que começou a trabalhar antes dos 12 anos! E não morreu, nem ficou com sequelas terríveis! Acho que as leis, a educação e um monte de gente hipócrita tem conduzido os jovens por esse caminho. Não sou a favor do trabalho escravo infantil, mas já cansei de ver notícias de pais sendo punidos porque seus filhos estavam trabalhando no negócio da família ou algo assim. A verdade é que trabalhar nunca fez mal a ninguém! Mas hoje é crime fazer seus filho entender, que as coisas não caem do céu, e que existe um monte de coisa chata pra caramba, que precisa ser feita, mesmo que a gente não goste! 
Eu conheço uma mãe, que foi advertida pelo Conselho Tutelar, pois o filho reclamou na escola, que não podia levar lição de casa, pois a mãe o ameaçava e ás vezes batia, quando ele não fazia a lição na hora que ela queria. O fato é que o filho, com 13 anos, é um vagal de primeira, só quer jogar futebol e video game! Aliás, essa é a desculpa da maioria, que será jogador de futebol, então não precisa estudar! Nem obrigado a estudar eles são! Mesmo porque, num país onde não há essa exigência nem para os governantes, fica difícil convencer os jovens a estudarem!
 E desde quando um marmanjo de 15 anos é criança? Alguns lideram  até quadrilhas de assaltantes, porque não podem trabalhar??? Eita, que minha veia tá saltando no pescoço de novo!
(Imagem Cinderela:   O Globo )   Leia essa matéria da Revista Veja: "A gente somos inútil." , que fala sobre esse problema crônico e sério, pois trata-se do povo, que herdará toda essa zona aqui!
Craque no computador, o  adolescente          classe média não faz nada em casa – nem quer fazer - Aida Veiga
        
Um ser de exigências principescas, concentração ultra-seletiva e  pouquíssima          habilidade prática repousa em berço esplêndido nos lares da  classe média          brasileira: o filho adolescente. De tanto viver cercada de  empregada,          motorista, pai que trabalha muito e mãe mais ocupada ainda, a  garotada          se espanta com atividades que nunca, em tempo algum, requereram  grande          prática ou habilidade. Apresente-se ao garoto uma manga e uma  faca, e          ele desiste e pega um chocolate. Coloque-se diante da menina  agulha e          linha, e ela embatuca: como é mesmo que uma encaixa na outra?  Isso, sem          falar nas tarefas que são chatas mesmo, como cuidar da própria  roupa,          arrumar o próprio quarto e enxugar o próprio banheiro. "Não faço           nada em casa", assume Daniel Bushatsky, 15 anos, aluno do 1º  colegial          do Colégio Santa Cruz, em São Paulo. "Acho mais importante  estudar          e conseguir um bom emprego para poder pagar empregada do que  aprender          a passar roupa." E mamãe, o que acha disso? "É culpa minha,          que nunca tive a iniciativa de ensinar", diz Mônica, 42 anos.  "Para          dizer a verdade, quando eu casei não sabia nem fazer café."
 Daniel tem um irmão gêmeo, André, com certa noção dos mistérios  domésticos,          que o salva nas emergências. "Se preciso abrir uma lata, chamo o           André", diz. Sim, porque, quando se empenha, adolescente é gente           que faz. Ninguém desvenda mais rápido um computador, um  videogame, uma          agenda eletrônica – desde que o  objeto seja          seu, ou de seu individualíssimo interesse. No mais, é sombra e  Cola-Cola          fresca, para agüentar horas vendo televisão e intermináveis  conversas          ao telefone. E se a fome bate justo na hora em que a empregada  saiu e          a mãe está no trabalho? A saída costuma ser biscoito, cereal,  pipoca (de          microondas) ou, no máximo do esforço físico, um sanduíche. Fruta  não,          que dá trabalho. "Nem levanto do sofá para pegar", relata o          paulista Rodrigo Ghattas, 16 anos de muita mordomia. Rodrigo  nega que          não faça nada – faz sim, "quando  precisa".          Por exemplo, se está na rua e não tem carona para casa, toma a  iniciativa          e pega um ônibus. A mineira Joana Rodrigues, 15 anos, é outra  que considera          que tem uma função doméstica importantíssima. "Sou a secretária  da          casa: atendo a todos os telefonemas. Sei que são para mim  mesmo",          diz, expondo o intenso apego ao telefone –           esse objeto que funciona quase como uma extensão do ouvido dos  adolescentes. 
"Nem o passarinho" – "Eu          sinto muita preguiça de fazer as coisas", resume a paulistana  Fernanda          Lepore, 15 anos. Muito satisfeita com o que chama de "serviço de           primeira" de sua casa, ela vai para a escola de carro, com o  padrasto,          e a empregada leva as refeições no quarto (veja quadro).  "A          maioria dos adolescentes não faz nada em casa mesmo", constata a           psicóloga Fátima Trindade, orientadora pedagógica do Colégio  Santa Maria,          de São Paulo. "Eles querem receber tudo pronto, sem mexer uma  palha."          Ou, como admite o carioca Bruno Caiuby, 17 anos, mestre em fazer  sanduíche          e deixar tudo – prato, talheres,  ingredientes          em geral – em cima da mesa para  alguém arrumar:          "Eu só ajudo a bagunçar". A mãe, Heloísa, releva. "Prefiro          fazer tudo em casa a ter preocupação. O mais importante é que  ele dê satisfações,          ligue quando vai chegar tarde, diga sempre onde está, e nisso  ele é muito          atencioso. Nos dias de hoje, isso é que vale", diz, repetindo um           argumento comum aos pais de adolescentes.
Querer escapar do batente doméstico, eles sempre quiseram. Não é  de hoje          que adolescente reclama como jogador pego em falta no campo cada  vez que          é chamado a pôr a mesa do jantar. A diferença é que atualmente,  sem a          mãe por perto para exigir e com empregados freqüentemente à mão,  serviço          doméstico é coisa expurgada do currículo da garotada. "O  adolescente          não tem mais aquela ânsia de ser independente", avalia o  pediatra          e terapeuta Eugenio Chipkevitch, diretor do Instituto Paulista  de Adolescência.          "Em geral, ele não está mais preocupado em mudar o mundo, e sim  em          entrar na faculdade e ganhar dinheiro." A educadora paulista  Rosemeire          Cameron concorda. "Com 12, 13 anos, eu tinha tarefas semanais,  como          lustrar o piano e cuidar do cachorro", suspira Rosemeire, 40  anos,          mãe de Pedro Henrique, 14, Carolina, 13, e Rafael, 7. "Meus  filhos          não cuidam nem do passarinho." Carolina, a única menina, reclama           se é convocada a ajudar com a louça nos fins de semana, ocasião  em que          a empregada está de folga. "Nunca me ofereço para essas  atividades          domésticas", diz. "Só faço quando me obrigam." Ou seja:          raramente, porque, diferentemente de sua própria e exigente mãe,  Rosemeire          prefere nem pedir para evitar desgaste. "Já negocio tantos  problemas          com eles. Não quero ter mais um", alega. "Sei que é comodismo,          e claro que me cansa, mas acabo fazendo tudo sozinha." 
 Reclama, mas faz – A grande desculpa           dos adolescentes para sua inutilidade doméstica é o excesso de  atividades          no dia-a-dia. Às vezes, ele é ocupado mesmo, como é o caso da  ex-chiquitita          e hoje atriz global Fernanda Souza, 14 anos, que não põe a  mãozinha na          arrumação do quarto. "Trabalho tanto que, quando tenho uma  folguinha,          durmo", confessa. Já Nina Moreira Vieira, 15 anos, única filha  da          atriz Angela Vieira, esgota as energias estudando e jogando  vôlei. A mãe,          conformada, só interfere a partir do momento em que a bagunça  ultrapassa          a porta do quarto. "Aí não dá –  isso          me deixa fora do prumo", rebela-se Angela. Mas, afinal, é melhor           brigar ou aceitar que o quarto é dela e fica como ela bem  entender? "O          quarto é o espaço deles, onde têm o direito de fazer o que  quiserem. Mas          claro que, quando a bagunça extrapola os limites, é preciso  impor ordem",          recomenda a socióloga e psicóloga carioca Sonia Ribeiro. A regra  geral          é que pais indulgentes terão rebentos folgados e, depois de  tortos, não          adianta querer endireitar os pepininhos. "Se os pais não ensinam           os filhos a, desde cedo, arrumar os brinquedos e lavar o copo,  mais tarde          vão ter dificuldade para impor essas tarefas", afirma a  psicopedagoga          Marília Coppoli Dias, orientadora educacional do Centro  Educacional da          Lagoa, no Rio de Janeiro. Orgulhosíssimo de seu feito, o  roqueiro Pepeu          Gomes, separado há onze anos da cantora Baby do Brasil,  ex-Consuelo, com          quem tem seis filhos, não deixa que os dois ainda adolescentes  (Krishna          Baby, 15 anos, e Kryptus Rá, 14) se comportem no seu apartamento  como          fazem na casa da mãe. "Lá, eles bagunçam à vontade. Na minha,  têm          de fazer a cama e ainda ajudam a cozinhar", garante. O segredo,  segundo          ele, é o exemplo. "São adolescentes como todos os outros:  folgados,          que não gostam de fazer nada. Mas, como sou um sujeito muito  organizado,          exijo que me respeitem."
Reclama, mas faz – A grande desculpa           dos adolescentes para sua inutilidade doméstica é o excesso de  atividades          no dia-a-dia. Às vezes, ele é ocupado mesmo, como é o caso da  ex-chiquitita          e hoje atriz global Fernanda Souza, 14 anos, que não põe a  mãozinha na          arrumação do quarto. "Trabalho tanto que, quando tenho uma  folguinha,          durmo", confessa. Já Nina Moreira Vieira, 15 anos, única filha  da          atriz Angela Vieira, esgota as energias estudando e jogando  vôlei. A mãe,          conformada, só interfere a partir do momento em que a bagunça  ultrapassa          a porta do quarto. "Aí não dá –  isso          me deixa fora do prumo", rebela-se Angela. Mas, afinal, é melhor           brigar ou aceitar que o quarto é dela e fica como ela bem  entender? "O          quarto é o espaço deles, onde têm o direito de fazer o que  quiserem. Mas          claro que, quando a bagunça extrapola os limites, é preciso  impor ordem",          recomenda a socióloga e psicóloga carioca Sonia Ribeiro. A regra  geral          é que pais indulgentes terão rebentos folgados e, depois de  tortos, não          adianta querer endireitar os pepininhos. "Se os pais não ensinam           os filhos a, desde cedo, arrumar os brinquedos e lavar o copo,  mais tarde          vão ter dificuldade para impor essas tarefas", afirma a  psicopedagoga          Marília Coppoli Dias, orientadora educacional do Centro  Educacional da          Lagoa, no Rio de Janeiro. Orgulhosíssimo de seu feito, o  roqueiro Pepeu          Gomes, separado há onze anos da cantora Baby do Brasil,  ex-Consuelo, com          quem tem seis filhos, não deixa que os dois ainda adolescentes  (Krishna          Baby, 15 anos, e Kryptus Rá, 14) se comportem no seu apartamento  como          fazem na casa da mãe. "Lá, eles bagunçam à vontade. Na minha,  têm          de fazer a cama e ainda ajudam a cozinhar", garante. O segredo,  segundo          ele, é o exemplo. "São adolescentes como todos os outros:  folgados,          que não gostam de fazer nada. Mas, como sou um sujeito muito  organizado,          exijo que me respeitem." As mordomias da classe média brasileira, ancoradas na fartura de  mão-de-obra          doméstica ainda barata, adubam o terreno onde viceja a preguiça  juvenil.          "Não é por acaso que os adolescentes americanos e europeus têm  um          comportamento diferente", analisa Sonia. Por diferente,  entenda-se:          eles também não gostam e reclamam, mas fazem. "Em países onde  não          existe empregada para cuidar da casa, todo mundo participa desde  sempre          e sabe que é importante." O paulista Rafael Bitancourt Craveiro  de          Sá, 16 anos, foi para os Estados Unidos recém-nascido e voltou  com 9 anos.          Aos 6, já fazia a cama e limpava o jardim. Atualmente, adianta o  jantar          enquanto os pais não chegam do trabalho, troca os botões das  próprias          roupas e, para escândalo dos amigos, preferiria não ter  empregada. "Eles          nem imaginam como é bom não precisar de ninguém", diz Rafael. 
Esperar passar – Não é só dentro de  seus          domínios que o jovem brasileiro é folgado. Uma pesquisa com  adolescentes          de seis capitais feita pela CPM, empresa de consultoria de São  Paulo,          mostrou que, em cada três, só um é capaz de fazer compras no  supermercado.          Assim mesmo, com restrições. "Eu até vou à padaria ou ao mercado           comprar coisas para mim. Mas para a casa, não", explica o  carioca          Thiago Almeida de Queiroz, 16 anos. Tudo a ver com o adolescente  típico,          que, na definição do pediatra Chipkevitch, "é egocêntrico e está           mais voltado para o bem-estar dele do que dos outros. É muito  difícil          negociar as normas da casa porque o adolescente é naturalmente  indulgente          consigo mesmo". Aos pais que não querem travar uma batalha  hercúlea          contra seus enfants gâtés, o que resta fazer? "O melhor  mesmo          é esperar a fase passar. Ele acaba percebendo que a vida não é  assim",          resigna-se Chipkevitch. Enquanto isso, para quem não suporta  bagunça,          é pegar roupa no chão, enxugar a pia, guardar coisas na  geladeira, tampar          a pasta de dentes. Como consolo, a expectativa de que, um dia,  já adultos          e chatos, eles também serão pais de adolescentes. Aí... 
| Os talentos e as  inaptidões do jovem bem de vida | |
| Ele sabe | Ele não sabe | 
|  preparar sanduíche, ovo mexido e macarrão instantâneo  atender ao telefone  arranjar carona para sair a passeio  arrumar a mochila  fazer a cama, se obrigado  instalar aparelhos eletrônicos (só os seus)  instalar programas de computador (só os que lhe  interessam) |  arranjar carona para a escola e o curso de inglês  descascar fruta  abrir lata  enxugar o banheiro depois do banho  colocar a roupa suja para lavar  pendurar as roupas  arrumar a mesa do jantar  pôr a tampa na pasta de dentes | 






 
 



 
 

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