Perder a ternura jamais! | Mamãe Recomenda

6 de junho de 2013

Perder a ternura jamais!

Hoje revi com meus filhos, o vídeo de nascimento de um deles. É interessante como esse tipo de lembrança mexe com a gente. Pude me ver há 8 anos atrás dando a luz  e resgatei as emoções de ser mãe novamente.
Cresce o número de mulheres, que escolhem não ter filhos. Eu respeito essa escolha. Admito que ser mãe não é tarefa fácil. Sendo mãe de 4 filhos, tive que abdicar da minha vida profissional, reduzi minha vida sexual, social e porque não dizer, a mental. Ter muitos filhos, atualmente, causa espanto e indignação. Já me senti um tipo de ser de outro planeta acompanhada por meus lindos ETzinhos adentrando um restaurante, uma loja, um supermercado, já ouvi reclamações inclusive, e olha que meus filhos nem são dos piores! Crianças incomodam porque são espontâneas, fazem barulho, bagunça e sujeira. Mas, são dotadas de todos os sentimentos, que seriam necessários para melhorar o mundo, se fôssemos capazes de levá-los ,em sua essência ,para a vida adulta: pureza, amor, devoção, fé, sensibilidade, criatividade e confiança. Crianças não se importam se você é bonita ou feia, se é rica ou pobre, gorda ou magra, ela te ama sem exigir nada, confiam a vida a você.
Não vejo problema algum em optar por não ter filhos, quando não há o desejo de tê-los, não há porque sucumbir à tradição, ao instinto. Há mulheres que optam por não tê-los por questões econômicas ou emocionais. Sinceramente, eu acho que o problema maior da mulher moderna, não é estar perdendo o instinto materno, mas sim a ternura.
Depois que conquistamos todo o espaço, os direitos e a liberdade, sacrificamos também a figura doce e delicada da mulher. A disputa com os homens para alcançar a igualdade, tornou a mulher agressiva e competitiva. Masculinizada. Alcançamos nosso objetivo de igualdade. Somos iguais aos homens.
Resultado: parimos uma sociedade desprovida de respeito, amor e consideração. Valores, que antigamente, eram passados pelas mães, que representavam proteção, dedicação e amor. Apesar de representarem também submissão, subserviência e desvalorização, a grande maioria, não se incomodava, viviam suas vidinhas sem opinarem, criavam seus filhos e cuidavam dos seus maridos. Altruísmo total! 
Quando optamos por sair de casa, assumindo a tripla jornada de mãe, mulher e trabalhadora, sacrificamos também essa imagem para os nossos filhos e para o nosso próprio instinto.
Valores como esses não são ensinados na escola. Podem ser trabalhados, ensinados não. Confesso também, que o fato de estar em casa, não significa que eu seja uma mãe mais amorosa ou atenciosa, que aquela mãe, que passa pouco tempo com seu filho, mas lhe dedica total atenção no pouco tempo que lhe sobra. Mas, dedicar atenção e carinho a um filho, infelizmente não basta para a formação do seu caráter. Muitas pessoas tiveram pais e mães rígidos e distantes, que lhes cobravam respeito e conduta correta, castigando-os severamente, quando não andavam na linha, e nem por isso se tornaram pessoas desprovidas de amor e ternura, pelo contrário, têm nos pais o exemplo de honestidade e respeito, que procuram seguir. Acho que o ponto está na maneira como as crianças são tratadas para suprir a ausência, algumas mães, pais também, mas principalmente maẽs, sucumbem às vontades das crianças, não impõe limites nem respeito ao próximo. Como os pais são um exemplo a ser seguido, os filhos acreditam que todos devem sucumbir às
suas vontades, e quando descobrem, que não é bem assim, sente-se traídos pelos pais e frustrados com a vida; podendo inclusive usar da violência para conseguirem o que querem,      já que não sabem o que é limite ou respeito. Não há uma receita para se criar filhos. Na intenção de acertar, podemos traumatizá-los para sempre. E como diz a Psicologia: a culpa é sempre da mãe. 
Mas, a Natureza não pode ser alterada impunemente. Quando a mulher decide ir contra sua própria natureza, tornando-se insensível, fria e egoísta, jogando fora sua ternura nata, a punição aparece na forma dessa sociedade, que a gente tanto teme, foge e se esconde.

Imagens: Afeto por mim, ternura, To mother

31 comentários:

  1. Excelente post. Não tenho filhos mas imagino que deva ser a maior emoção que a mulher possa sentir, a maternidade. Parabéns!
    Beijos,
    Mari
    http://marimartinsatemporal.blogspot.com

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  2. Oi Mari, obrigada! fico feliz, que tenha gostado. De fato, ser mãe é indescritível. Só qdo nos tornamos mãe, entendemos a dimensão desse sentimento. Eu escolhi ser mãe e padeço no paraíso! Bjocas pra vc! Marcia

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  3. Amiga Marcia, não podemos generalizar. A mulher passou a ser mais independente, isso é verdade, mas não é por isso que perdeu a ternura e deixou de ser delicada. Parabéns pela postagem e pela família. Abraços. Roniel.

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  4. Marcia ,
    este é um tema bastante polêmico .
    Ja opinei em outros posts parecidos ,
    Acho que a mulher está perdendo a ternura sim ,
    a docilidade e a feminilidade . A figura do cavalheiro abrindo a porta do carro ou puxando a cadeira já quase não se vê , porque também a mulher está deixando de ser uma dama . Comportando-se cada vez mais em igualdade com os homens .

    bjs
    Francisco

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  5. Querida Márcia, a sociedade cobra de nós mulheres muitas coisas que as vezes não estamos dispostas a pagar,acredito que a maternidade deve ser um desejo da mulher e não pela pressão imposta.Creio que o fato de sermos independentes financeiramente não quer dizer que precisamos esquecer a doçura e a feminilidade,mas isso é da cabeça de cada uma,eu adoro ser mulher,justamente por poder ser feminina.
    Bjos

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  6. nao vou generalizar, mas nos dias atuais as mulheres se tornaram menos maternais. Elas ja nao pensam em ter uma familia numerosa, ou se dedicar muito tempo com os filhos.
    E gostei de ver que, os homens (papais) estao se tornando cada vez mais "PÃES" (pai e mãe ao mesmo tempo)

    ahahahha
    abçs

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  7. Querida, que post lindo e sensível!
    Adorei a sua forma de colocar, tão "maternalmente" falando os sentimentos de uma mãe (como eu, de 4 filhos), mas acima de tudo de mulher! Quando eu era mais jovem (e faz tempo...rsrs) eu pensava que não teria filhos. Achava que não tinha a vocação para a maternidade (imagina se eu pensasse o contrário? iria povoar o mundo!hahaha), mas com o tempo fui desenvolvendo esse lindo sentimento que é a doação de amor incondicional, essa missão única que é criar seres melhores para esse mundo tão carente de pessoas decentes. A jornada não é fácil, mas o desafio é maravilhoso! Que muitas pessoas, não apenas as mulheres, vejam esse seu post e entendam que doar ternura, carinho e semear amor vale a pena. Para nós, seres humanos e para o mundo como um todo!
    Parabéns! Linda, linda mensagem!
    Grande beijo,
    Jackie

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  8. Olá Marcia,
    Antes de ser mãe eu fazia e comia os alimentos ainda quentes, não tinha roupas manchadas, tinha calmas conversas ao telefone.
    Antes de ser mãe eu dormia o quanto eu queria e nunca me preocupava com a hora de ir para cama.
    Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes, limpava minha casa todo dia.
    Eu não tropeçava em brinquedos nem pensava em canções de ninar.
    Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim, nem me beliscou sem nenhum cuidado, com dedinhos de unhas finas.
    Antes de ser mãe eu tinha controle sobre a minha mente, meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos...eu dormia a noite toda...
    Tenho dois filhos uma de seis anos e um de 16 anos, sei bem o que significa recomeçar a jornada não é facil, mas desconheço o que poder ser tão fascinante quanto o SER MÃE.
    Meu carinho

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  9. Marcia,
    Eu optei por não ter filhos e creio que é uma decisão pessoal de cada mulher, na qual nada que venha de fora deve interferir.
    Um beijo pra ti e brigada pela visita!

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  10. Acho dificil essa situação que, para poder chegar a esse ponto que você falou de estar mais em pé de igualdade com o homem em vários campos, mas infelizmente os dias de hoje não são nada facéis para ninguém. É preciso ter uma reflexão maior a respeito disso, eu não vejo nada de errado se pelo menos procurasse ter mais tempo em casa enquanto a mulher trabalha. Não se trata de inversão de valores ou coisa do tipo e sim de uma maior colaboração na construção daquilo que chamamos de familia.

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  11. Olá Márcia!
    Quando vi a indicação da Jackie, falando de não perder a ternura...até pensei que fosse sôbre um post meu, porque é no que acredito: Homens não devem perder a ternura,jamais e mulheres, quem diria! Se somos nós que a transmitimos aos filhos desde que são pequeninos...e sabemos, como você diz, que o mundo seria melhor, se pudéssemos garantir as emoções ternas que os bebes e crianças recebem principalmente de suas mães, mas não só delas.
    Adorei seu post e o indiquei a minha norinha,que comentou querer descobrir blogs que falem sôbre as aventuras de ser mãe.
    Quero comentar sôbre outro ponto, se me permite.Tenho 59 anos,portanto,sou uma mãe de antigamente, que deixou o trabalho fora de casa para cuidar dos 3 filhotes, casa, cachorros, etc. Mães representavam ternura, proteção, dedicação sim, e até concordo que passassem esta idéia de submissão e subserviência (meus 3 filhos reclamam disto, pois em parte, tive que ser assim), porém vou protestar contra a DESVALORIZAÇÃO ! Acho que vai me compreender. Não é a mulher que se desvalorizava a si mesma!!Pois nós sabemos o trabalho que dá manter tudo organizado numa casa, quando prestamos um serviço de "qualidade"! Ainda é a sociedade e o homem! Eu achava que meu trabalho era importante, sim, proporcionando aos meus 4 homens da casa, um lar organizado e bonito,onde aprendiam que organização e respeito, seria importante em seu futuro,onde se sentiam também seguros, apoiados em suas necessidades emocionais para construírem a auto-estima imprescindível para suas futuras realizações, recarregavam-se de energias para saírem e enfrentar o mundo! (fora todas as coisas práticas como comida, roupa lavada e passada, etc.). Eram os homens, MARIDOS, e a sociedade, inclusive das mulheres que menosprezavam as mulheres que trabalhavam em casa, que nos desvalorizaram, entende? Minha própria mãe, que trabalhava fora, me chamava de doméstica, com pena e com o mesmo desprezo que a sociedade machista tinha por nós! Talvez ela quisesse que eu não sofresse, como sofri depois por esta discriminação e hoje, por me sentir tão desatualizada, por não ter tido tempo de me cuidar mais. Contudo, querida Márcia, eu o fiz com amor e o melhor que eu tinha em mim e me orgulho disto!Como você.
    Desculpe o depoimento longo, mas espero que sirva para somar ao que colocou tão bem neste seu maravilhoso texto. Parabéns! e, vamos sim, recrutar homens e mulheres que "trabalham fora de casa", para não esquecerem que nós também estamos trabalhando e oferecendo o que temos de melhor, para uma sociedade mais humanizada e terna. E é disto que o mundo precisa.
    Abraço, Vera.

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  12. Marcus, vc tem razão. Não há problema algum na mulher trabalhar e querer melhorar sua vida. O grande problema, foi que quando saímos em busca dessa independência, muitos valores, que antes eram nossa função passar aos filhos, a família, foram deixados de lado. E a consequencia é isso tudo ai, que a gente vê. Não há mais a respeito entre pais e filhos, não mais respeito a família. Se quem nos gerou, não nos cobra respeito e retidão, quem poderá cobrar? E a que custo? Muito Obrigada por sua participação! fiquei muito feliz por vc ter compartilhado sua opinião! Abração! Marcia

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  13. Querida Vera! Perdoe-me por esse descuido. Vc tem toda razão! Na verdade, eu quis dizer isso mesmo. Que nosso trabalho não era valorizado pelos outros! E isso causou um trauma, sei lá! Que fez a mulherada achar, que precisa ser "super-homem" para provar que tem valor. Mas, sinceramente, acho que na sua época, valorizava-se mais do que hoje. Hoje, ficar em casa, cuidando de filhos, é ser fútil, é não ter utilidade. A pergunta sempre é: " Vc trabalha com o quê?" ou "Vc faz o que?", quando respondo, que sou mãe e administradora do lar, alguns ainda emendam outra pergunta: "ah! vc não cansa de ficar em casa? não tem vontade de trabalhar fora?" E se comento, que sou pintora, então! Já ouvi essa: "a minha mulher, tb pinta para passar o tempo..."
    Então, o negócio tá todo ao contrário!
    Admiro muito sua geração e os filhos, que dela saíram. Minha vó, que era de uma geração antes da sua, teve 18 filhos e mais uns adotados, e foi a melhor pessoa, que eu tive a honra de conhecer e a bênção de ter tido como avó. Ela sempre me dizia: "Desta vida a gente só leva o bem que a gente faz, a lição que a gente ensina e o amor que a gente sente." Muito obrigada por sua linda mensagem. Conhecer pessoas como vc, é o que me incentiva a escrever! Bjo enorme!
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