Esquecer e perdoar: eis a questão! | Mamãe Recomenda

23 de maio de 2010

Esquecer e perdoar: eis a questão!

Não é minha intenção fazer deste blog, um blog de cinema. Mas, sou apaixonada por filmes, acredito que muitos deles nos tragam boas lições de vida, nos fazem refletir sobre momentos de nossas vidas ou simplesmente nos dão aquele prazer momentâneo e a gente esquece.
E "esquecer" é o tema. E nada melhor para exemplificar um tema como um filme.


Existem momentos e pessoas, que jamais esquecemos, principalmente, aquelas que nos fizeram sofrer. Conheço muita gente, que se fechou para o amor depois de decepções, ou apenas, por terem testemunhado outras pessoas sofrendo.
Mas, se você pudesse apagar da sua memória as pessoas que te magoaram? Se você pudesse, literalmente, deletar todos os momentos, a passagem das pessoas, que te fizeram sofrer? Você o faria?

"Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" é o filme mais lindo, que já assisti. E na minha opinião, um dos melhores que existem! E o nome, é poético, hein!?!
 A história desse filme é ímpar! Não tem nada parecido. E o que ele desperta em nós, também é ímpar.

O filme é aberto a várias interpretações; no entanto, o seu tema principal é a memória, o passado e a sua função na humanização dos seres humanos, nos seus relacionamentos. Estrelado por Jim Carrey - ele de novo! - e Kate Winslet , foge completamente do padrão de Hollywood, apesar das estrelas!
A história do filme é a seguinte:
"Joel descobre que Clementine, sua ex-namorada, recorreu a uma empresa especializada em apagamento de memória para apagar da sua própria memória tudo o que diz respeito a Joel e à relação que manteve com ele. Joel, desesperado, acaba por fazer o mesmo. Contrata a mesma empresa para apagarem da sua cabeça todas as memórias de Clementine e da relação que mantiveram.
O filme passa-se essencialmente na mente de Joel, durante esse processo de apagamento, enquanto ele está adormecido na sua cama ligado a uma máquina "apagadora de memórias", enquanto relembra fatos e arrepende-se de ter contratado a empresa. Começa então a fugir pelo labirinto das suas memórias, de forma a tentar anular o processo, enquanto os apagadores de memórias o perseguem.Nisso sem querer eles apagam todas as suas memórias."

Só de ler, eu fico arrepiada! É sensacional! Mas, essa propaganda toda, tem a finalidade de fazer pensar.
A grande lição da humanidade é aprender a perdoar, mas isso significa esquecer? 
E é possível perdoar sem esquecer???? Perdoar quem nos fere é nosso desafio. Assim, muitas pessoas constroem verdadeiros muros dentro de si, não se envolvem (ou pensam que não!), fogem de relacionamentos sérios ou partem para relacionamentos auto-destrutivos.
O fim de um relacionamento sempre carrega seu drama, e vem acompanhado de muito sofrimento, principalmente se alguma das partes, se nega a esquecer, a seguir em frente.
Dói muito, todas as músicas românticas parecem contar a nossa história, de Aerosmith ao Zezé de Camargo e Luciano! Achamos que nunca mais vamos ser felizes de novo, que nunca mais vamos amar alguém.  Todos os casais felizes da rua se beijam na nossa frente. Maldizemos os opostos e comemos muito chocolate! Mas, é como uma bebedeira, que nos deixou feliz, depois deu aquela dor de cabeça, que nos fez jurar, nunca mais beber e passou. E na semana seguinte, a gente bebe de novo!
Então, minha cara ou meu caro sofredor de amor, chore sua dor, mas saiba que ela passa! Não feche seu coração para novas possibilidades. E não tente apagar da sua memória os bons momentos, cultivando apenas o que de ruim ficou, pois assim, resta  somente o vazio, que será ainda mais difícil e doloroso  de ser preenchido. Curta bem a sua fossa, pois sofrer por amor é nobre, é humano, é digno e será recompensado!

E para terminar vou tentar citar um diálogo de um filme nada romântico, "Esqueceram de mim 2", onde o "Kevin" (Macaulay Culkin) tenta convencer a mulher das pombas a procurar sua família, que temia que eles não a perdoassem: "Um natal, eu ganhei um par de patins. Guardei e não usei para não sujá-los. Um dia, resolvi usar, mas quando tentei colocar, não cabia mais... assim é o coração... de que vale tê-lo se não for para usar???

Fonte: Wikipedia / Imagens: Broken Heart by Fabu / A persistência da memória - Salvador Dali

2 comentários:

  1. Márcia

    Parabens pelo artigo apresentado
    No contexto geral, muitas palavras podem sugerir uma ótima reflexão.
    Não conhecia o filme, espero poder encontrá-lo para conferir

    Um forte abraço
    Mad

    ResponderExcluir
  2. Adorei o post, flor... e fiquei louca pra assistir o filme!
    Beijos

    ResponderExcluir

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