Essa matéria da Isto É discute esse castigo mais antigo, que andar pra frente!
Palmada não
Em 24 países, existem leis contra o tapa nas nádegas. No Brasil, bater em nome da disciplina divide opiniões
Claudia JordãoPara uns, algo inconcebível na relação familiar, uma maneira  arcaica de  ensinar. Para outros, uma alternativa legítima dos pais, um  método de educar os  filhos, livre de danos físicos ou psicológicos.  Poucos assuntos geram tanta  controvérsia quanto dar ou não palmadas em  crianças como forma de puni-las e  mostrar o certo e o errado. Prova  disso é um referendo nacional que ocorreu há  duas semanas, na Nova  Zelândia. Há dois anos, o país tornou a palmada crime.  Além do tapa nas  nádegas, outras formas de agressão - ditas brandas - contra  crianças e  adolescentes, como beliscões, chacoalhões e puxões de orelha,  passaram  a render ao agressor (em quase 90% dos casos, pais ou mães) o pagamento   de multas, o encaminhamento a programas de reabilitação e até mesmo à  prisão. A  punição máxima é de seis meses de cadeia. Leis contra a  palmada existem em 24  países (leia quadro), mas a da Nova Zelândia é a  mais severa. O país possui um  dos índices mais altos de violência  contra menores entre as nações  desenvolvidas.
Os opositores da lei querem derrubá-la a qualquer custo e defendem  que "bons  pais", que espalmam seus filhos de vez em quando "por amor",  não podem ser  colocados no mesmo balaio daqueles que espancam. A  indignação virou um  abaixo-assinado contra a lei e resultou em um  plebiscito com a seguinte  pergunta: "A palmada como parte de uma  punição apropriada por parte dos pais  deve ser considerada crime na  Nova Zelândia?" Metade da população participou e  87,6% votaram contra a  lei. A última palavra é do primeiro-ministro. John Key,  porém, já  avisou: a legislação continuará em vigor. Mas, agora, haverá cuidado   extra para que não haja punições injustas.No Brasil, o assunto também divide  opiniões. O designer gráfico Flávio  Evangelista, 39 anos, e sua  mulher, a administradora Keila, 32, são contra  qualquer tipo de  agressão física. O casal é pai de Pietro, de 2 anos, e é  conhecido na  escola do menino pela facilidade em dialogar com ele. "Tive uma   educação severa, mas só apanhei uma vez do meu pai", diz Evangelista.  "Não  desejo a nenhum ser humano o que senti." Há os que acreditam na  eficácia das  palmadas em determinadas situações.
O professor de filosofia Dante  Donatelli, 45 anos, autor do livro "A Vida em  Família - As Novas Formas  de Tirania" e pai de cinco filhos, entre 10 e 25 anos,  defende que,  dos 3 aos 10, as crianças não são capazes de entender os argumentos   paternos. "Qualquer pai que vê seu filho debruçado sobre a varanda não  diz 'sai  daí, meu lindo'", exemplifica. "Ele fica louco." Em casos como  esse, Dante  afirma que os pais devem deitar a criança sobre os joelhos  e espalmar as  nádegas. Para ele, só assim a criança entenderá a  gravidade da situação. Dante,  no entanto, diz que repudia qualquer  outro tipo de agressão.
Está aí, na linha tênue que divide a  agressão branda da grave, a raiz do  problema. "É ilusão achar  que quem dá palmadas hoje não vai bater mais  forte amanhã", diz o  psicólogo Cristiano Longo, autor de uma tese de  doutorado  sobre violência doméstica contra menores pela Universidade de São  Paulo  (USP). A publicitária Valdirene Andreotti, 31 anos, é exemplo de quem  acha  palmada pouco. Mãe de Gabriel, de três anos e meio, ela relata que  bateu em três  ocasiões no filho e seu marido, em uma. Apenas uma vez  deu palmada, nas outras  duas agrediu com um cinto - na primeira vez,  Gabriel tinha pouco mais de um ano.
Na ocasião, ela falava ao telefone, ele fazia birra, ela o repreendeu e ele urinou de propósito no sofá. "Foram cintadas que ele não esquece, nunca mais fez aquilo", conta ela, que mantém um cinto no carro para qualquer eventualidade. Na opinião da publicitária, as palmadas são ineficientes. "Elas deixam a criança sem-vergonha." Valdirene não tem a aprovação da sogra nem de seu pai na maneira de educar o menino. "Digo a eles que o filho é meu e que sei que, esgotado o diálogo, essa é a melhor maneira de ensiná-lo." Mas, mesmo convicta de suas posições, a publicitária chegou a chorar depois de bater em Gabriel.
Dar ou não palmadas? Nem todos estão  certos sobre como agir. O assunto é  discutido em consultórios e  escolas, muitas das quais promovem palestras com  especialistas sobre o  tema. Há psicólogos que defendem a chinelada. Ela seria  menos  traumática do que a palmada, porque a criança não relacionaria a mão que  a  afaga com a que a agride. Mas a maioria condena qualquer forma de  agressão.
O psicólogo Cristiano Longo é um deles:  "Explico que ela até pode surtir  efeito imediato, porque a criança para  de fazer aquilo na hora, mas não traz  resultados duradouros." Segundo  ele, a criança passa a agir conforme o esperado  porque teme o agressor,  não porque aprendeu a lição. E, com o tempo, tende a se  "acostumar"  aos tapas, o que pode minar ainda mais a intenção de disciplinar.   Pesquisas têm demonstrado também que esse tipo de comportamento, além de  não  surtir efeitos disciplinares práticos, contribui para o  distanciamento familiar,  o medo, a insegurança e a baixa autoestima das  crianças.
A agressão contra menores é mais  comum do que se pensa. Por se tratar de uma  questão cultural e até  religiosa - há católicos e evangélicos que se apoiam em  passagens  bíblicas para justificar as "palmadas educativas" -, mesmo pais   esclarecidos não abrem mão do artifício. Nas classes média e alta é uma  prática  mais silenciosa do que na periferia, onde as famílias são  maiores e os espaços,  menores. A boa notícia é que ela é cada vez mais  rejeitada. Hoje, não é raro  pessoas intervirem quando testemunham  agressões públicas. Essa importante  mudança de comportamento do  brasileiro começou no início da década de 1990, com  a aprovação do  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que protege os  menores dos  maus-tratos e agressões.
A lei é ampla, mas as palmadas podem ser  enquadradas nela. A deputada federal  Maria do Rosário (PT-RS) propôs,  em 2003, um projeto de lei específico sobre o  tema, proibindo as  diferentes formas de castigo físico (leia quadro). "Nossa  intenção não é  punir os pais, é educá-los", diz ela. Como há três anos a  proposta  está parada na Câmara, a deputada trabalha, agora, em um novo projeto   de lei no qual o foco não será o termo "palmada", mas "castigo físico".  Assim,  espera angariar mais simpatizantes para a causa.
Atualmente, além do ECA, cabe à  Constituição e aos códigos Civil e Penal  regulamentarem as relações  familiares - nesse quesito entram os castigos  físicos. Na prática, o  pai que dá "palmadas educativas" pode ser chamado à  Justiça para uma  conversa com assistentes sociais e psicólogos. Quando a  agressão é mais  severa, ele pode perder a guarda da criança e responder  criminalmente.  A pena varia muito, mas, se for configurada tentativa de  homicídio,  ultrapassa 20 anos de prisão.
A definição de branda, moderada e grave  depende da interpretação do juiz. O  desembargador Antônio Carlos  Malheiros lamenta que grande parte das denúncias de  agressão contra  menores só aconteça quando os casos são muito graves.  "Infelizmente, a  maioria das histórias que chegam à Justiça é de espancamentos",  diz  ele. "Se casos de agressões ditas brandas fossem denunciadas, poderíamos   evitar o pior."
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Antes foi a vara agora a palmadada.
ResponderExcluirPenso que a palmada intimida a criança a não fazer o que não deve. O ensino verbal serve para ensinar a criança a fazer o que é certo e a palmada para corrigir quando a criança faz algo errado. Creio que estes elementos são neceessário para uma boa disciplina,quando a criança merece.
Todos nós somos sabedores que a vida é uma vara á nos corrigir constantemente.
Todos erramos e as crianças erram também.
Somos todos crianças e estamos sempre apanhando com varas da vida,e como é dolorido,mas é para o nosso próprio bem. As novas leis podem livrar a criança da vara e da palmada,mas não vão poder impedir as varadas da vida quando elas estiverem adultas.
Dependendo da criança e da familha,nem ensino,nem vara,nem palmada vai torna-la uma pessoa melhor ou perfeita para o futuro.
Mas isto é o melhor que os pais tem a fazer e o resto a vida por si só se encarregará.
O QUE RETEM A VARA ABORRECE A SEU FILHO,MAS O QUE AMA,CEDO O DISCIPLINARÁ. provérbios 13:24
SABE,POREM,ISTO:NOS ULTIMOS DIAS SOBREVIRÃO TEMPOS DIFICEIS;POIS OS HOMENS SERÃO EGOISTAS,AVARENTOS,JACTANCIOSOS,ARROGANTES,BLASFEMADORES,DESOBEDIENTES AOS PAIS,INGRATOS,IRREVERENTES. 2timóteo 3:1
Este é o retrato do homem nestes ultimos dias e os pais devem ficar atento para que seus filhos não seja um deles. Obeservem essas novas leis se trarão bons resultados.
Vejo as pessoas falando sou contra isso ou aquilo eu sou contra a viloencia, mas entendo também não sou obrigada a suportar crianças extremamente sem sem disciplina (educação), as pessoas nao levam em consideraçao o fator, que cada criança age de uma forma, umas sao super obdientes, outras o oposto... e muitos pais nao tem a menor vocaçao para educar, porque quando dizemos "não" é "nao" e pronto, agora nao adianta dizer não, passou 5 minutos e tudo está bem, a criança volta a praticar os mesmos atos, acho que a maniera de educar antiga tem muitas coisa boas, as pessoas tinham muito mais respeito pelos pais e pelos outros, essa modernidade total está trazendo graves consequencias, hoje temos filhos agredindo pais tanto fisicamente como verbalmente, etc.... entao eu pergunto será que os pais dessas crianças apenas conversaram? acredito que sim pois as pessoas nao conhecem os seus limites, porque seus responsaveis nao souberam ou nao quiseram mostrar.... Acho que certo conceitos tem que serem revistos.... Espancar nunca jamais!!!! mas saber se impor e dizer não todos os pais tem que saber disso.....
ResponderExcluirHá todos esquecem um fator ( antigamento era se um tempo, hoje sao outros, em fim nao foi o mundo que mudou e sim as pessoas que se acham donas do saber)....... Quem não sabe ouvir um não quando criança, não saberá ouvir da vida, e o que o rapaz acima falou é certo!!!!
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